A escolha do dia 20 de maio pela ONU, homenageia o nascimento do esloveno Anton Janša, nascido em 20 de maio de 1734, considerado o criador da apicultura nos moldes atuais.
Silenciosamente, em todo o planeta, bilhões de abelhas estão morrendo, ameaçando as colheitas de nossas plantações e nossos alimentos. Entretanto, a União Europeia tomou medidas para banir alguns dos agrotóxicos mais venenosos e pavimentar o caminho para uma proibição global que salvaria as abelhas da extinção.
As abelhas não só produzem mel, mas são vitais para a vida na Terra – a cada ano elas polinizam 90% das plantas e plantações com um valor estimado em US$40 bilhões, mais de 1/3 da produção de alimentos em muitos países. Sem ações imediatas para salvar as abelhas, muitas das nossas frutas, legumes e nozes preferidas poderão desaparecer das prateleiras.
A França, Itália, Eslovênia, e até a Alemanha, sede da Bayer, maior produtora de agrotóxicos, baniram alguns destes produtos que matam abelhas. Porém, a Bayer continua a exportar o seu veneno para o resto do mundo, inclusive para o Brasil.
O presidente da Cooperativa Nacional de Apicultura, sediada em Nova Lima, em Minas Gerais, Cristiano Carvalho começou notar a morte das abelhas há mais 05 (cinco) anos.“Chegam diversos casos à cooperativa de mortes em massa de abelhas, de colmeias vazias, de abandono de enxames. No fim do ano passado, um apicultor contou que perdeu 100 colmeias, sem nem saber o porquê. Considerando que cada colmeia tem 80 mil abelhas, imagine o prejuízo”, falou Cristiano Carvalho
Hélcio Totino, um dos poucos ambientalistas de Ponte Nova (morreu em janeiro de 2020) que já defendia essa tese, ainda em 2009, dizia que sempre que uma área é pulverizada morre um tanto de abelha.“Isso é fato. Por outro lado, se não houver a pulverização, o produtor vai perder a colheita de mexericas”, dizia ele, acrescentando que a solução era proibir agrotóxicos e criar soluções com mecanismos naturais, ou seja, predadores de insetos que matam plantações.
Observação: vão me perguntar porque não falei de 1º de maio, Dia do Trabalho. Ah! Bem, eu falo: o trabalhador continua sendo explorado, mas não perco mais tempo “querendo consertar o que não tem mais conserto”, como dizia Raul Seixas. O voto em outubro deste ano (2022) vai resolver o problema.