São tantas esquisitices diárias que a gente se esquece, porque precisa cuidar da vida que anda impactada por verborragias palacianas. Nos primeiros dias de julho e na semana passada então, foi duro de matar com pedra. Defendeu o trabalho infantil. Investiu contra radares, quer deixar de punir quem anda com crianças fora das cadeirinhas.
Os ataques ao meio ambiente são diários e agora quer liberar garimpo praticado por pessoas, mas proibir o uso do mercúrio que contamina a água e os peixes por ser altamente tóxico. Mas, como, se ele não gosta do IBAMA? Quem fiscalizará? Aliás, a multa do nosso presidente Jair Bolsonaro que pescou em área proibida prescreveu. No ano passado, ela foi suspensa a pedido da AGU (Advocacia Geral da União).
Mas, nem só de ataques ao meio ambiente vive o nosso governo, mas também de produzir fake news no café com a imprensa, quando atacou Miriam Leitão (O Globo e Globo News), dizendo que ela mentiu quando declarou que foi torturada. O presidente disse que ela estava fugindo para a Guerrilha do Araguaia quando foi presa pelo Exército no Espírito Santo, com 19 anos e grávida (1972). Ora, os documentos estão lá nos arquivos do próprio Exército e provam que Miriam Leitão não participou de luta armada, como disse Bolsonaro. E foi torturada como prova documentos de época.
Jair Bolsonaro comemorou os 200 dias de governo dizendo que não tem ninguém corrupto no seu governo, mas esqueceu-se que o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi condenado em primeira instância por alterar projeto de manejo de bacias em São Paulo para favorecer empresários do ramo. Isto é ou não é corrupção? É ou não é, também, um crime ambiental?
Na terça-feira (23/7), o nosso onipotente presidente afirmou hoje ter “repulsa por quem não é brasileiro” e criticou “xiitas ambientais”, que, segundo ele, prejudicam o desenvolvimento do turismo no Brasil e a imagem do País no exterior. Na sexta-feira (19/7), Bolsonaro chamou os dados divulgados sobre desmatamento de “mentirosos” e disse o presidente do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial), Ricardo Galvão, parecia ser “alguém vinculado a alguma ONG”.
Segundo os dados do Projeto Deter, do INPE, mais de 1.000 quilômetros quadrados de floresta amazônica foram derrubados na primeira quinzena deste mês (julho de 2019) – um aumento de 68% em relação a julho de 2018. No fim de semana, Galvão, disse que “pode até ser demitido”, mas que o instituto tem solidez para resistir aos ataques do governo. O instituto também foi defendido por agremiações de cientistas como a SBPC e a ABC. Foto mostra que o desmatamento na Amazônia disparou em julho de 2019
Em Ponte Nova, a despeito de cortar árvores sem necessidade (apenas para atender interesses políticos, principalmente de vereadores), o governo municipal tem avançado nas questões mais agudas do meio ambiente, como o Licenciamento Ambiental Web, plantio de jardins nas margens do Rio Piranga e anúncio para entregar em funcionamento, ainda este ano, o matadouro municipal, obra exigida na Lei Orgânica Municipal em 1990 (só 29 anos de atraso!).
Enquanto isso, vândalos quebram e arrancam arbustos dos jardins da beira rio e quebram também, dezenas de mudas de ipês (branco e mulato) na Rua João Vidal de Carvalho, no Bairro Guarapiranga. O abandonado Parque Natural Municipal Tancredo Neves (Passa-Cinco) ganha alento com a nomeação do Gestor Ambiental Euler Antônio Gomes dos Santos, ex-agente penitenciário e ex-membro do Codema da ONG Puro Verde. Agora, a coisa pode melhorar. Tem gente certa no lugar certo!