Zerar o desmatamento ilegal da Mata Atlântica e garantir condições orçamentárias e técnicas para que 30% do território dos 17 estados que formam o bioma tenham planos municipais de gestão são dois objetivos gerais do documento “Desenvolvimento para Sempre”. Ele atualiza a pauta de uma das mais antigas organizações ambientais do país, o SOS Mata Atlântica para as próximas eleições.
A Mata Atlântica se espalha pela costa do Brasil e atinge também áreas na Argentina e no Paraguai. Originalmente tinha 1.309.736 km² dos 8.516.000 km² do território brasileiro. O bioma é um dos 34 pontos críticos mundiais para conservação da biodiversidade e tem parte de sua área como reserva da biosfera pela Unesco. A reserva florestal do Passa-Cinco (foto acima), que está no Bioma Mata Atlântica, continua sendo desmatada.
A carta do SOS, lançada em junho, resume as propostas da organização com foco em 05 (cinco) temas: o já citado desmatamento ilegal zero, a restauração florestal, a água limpa, a valorização dos parques e reservas, e a proteção do mar.
O SOS faz esse tipo de agenda mínima desde 1989. Costuma apresentar aos candidatos das eleições presidenciais e às assembleias e governos dos 17 estados que têm áreas dentro do bioma: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.
“O SOS é apartidário. Já apresentamos o documento para os movimentos Agora, Acredito, Muitas e para a Bancada Ativista em São Paulo. A partir deste mês de agosto, vamos apresentar às lideranças partidárias em Brasília e a todos os candidatos aos Governos e à Presidência”, afirma Márcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.