Minas Gerais – Uma série de manifestações movimenta a entrada do local do julgamento do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, de 28 anos, na entrada do Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, desde a manhã desta segunda-feira. O grupo pede a punição dos envolvidos no assassinato de Eliza Samudio e questiona a reforma proposta pelo poder público no Código Penal.
Dois protestos solitários chamaram a atenção no local. Gilmara de Oliveira, de 35 anos, se manifesta silenciosamente com seu corpo pitando de vermelho. O publicitário André Luiz dos Santos também protesta com cartazes que relembram o caso.
Cinco mulheres e dois homens compõem o júri que vai decidir o destino de Bruno. O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, disse estar satisfeito com a escolha dos jurados: “Eu avaliei o perfil de todos eles. Não é porque é mulher que irei dispensar”, explicou ele. “Eu tenho a minha estratégia e está tudo correndo como o previsto”, completou.
Defesa dispensa testemunhas
A juíza Marixa Rodrigues, que comanda o julgamento, anunciou que as testemunhas Célia Aparecida Rosa Sales, Maria de Fátima dos Santos e Anastácio Martins Barbosa foram dispensadas pela defesa. Os advogados de Dayanne Fernandes, e-mulher de Bruno, liberaram Saiver Junior Calixto.
Lúcio Adolfo comentou a decisão: “Os jurados ficam muito cansados. Julgamento é debate. O promotor quer cena. O resto é tudo cena”, disse ele. Após o intervalo de uma hora para almoço, o julgamento começou por volta das 13h50. A primeira testemunha a ser ouvida é a delegada Ana Maria dos Santos.