Ao final de mais de duas horas de explanação, o promotor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Henry Vasconcelos, pediu que os jurados absolvessem Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes.
“Dayanne foi manobrada por aqueles marmanjos. Bruno deixou a mãe de suas filhas à mercê de Zezé. E também não atendeu suas ligações quando ela estava na delegacia”. Segundo a promotoria, Dayanne estava sob ameaça e medo de Zezé. “Peço que façam Justiça e votem pela absolvição de Dayanne e a condenação de Bruno´, encerrou Heny ao se dirigir aos jurados.
Durante seu discurso, o promotor disse ainda que Bruno estava tentando jogar toda a culpa do crime nas costas do Macarrão. “Ele está jogando toda a responsabilidade para um condenado”. Henry disse ainda que o goleiro comandava o tráfico de drogas na cidade de Ribeirão da Neves, também situada na Grande BH.
“Bruno sempre foi envolvido com o narcotráfico. Isso está nos autos do processo. Várias vezes já se disse, aqui no plenário, através de depoimentos, que quem mandava no narcotráfico de Ribeirão das Neves era Bruno, Macarrão e Cleiton”, afirma o promotor.
Apelo emocional
Após o discurso de Henry Vasconcelos, José Arteiro, assistente de acusação e advogado da família de Eliza Samudio, pediu a palavra. Em sua fala, ele tentou apelar pelo emocional dos jurados. ” Vocês não querem ficar marcados como jurados que absolveram um bandido”, suplicou.
Arteiro chegou a dizer que Bola era um matador nato e que Bruno errou ao não responder perguntas da promotoria e acusação. “Isso aqui não é uma casa de caridade”. Ainda se dirigindo aos jurados, o assistente disse que Bruno era o mentor da morte da ex-namorada do goleiro. ” O senhor renunciou sua carreira no momento em que o senhor fez essa merda”.
Maria Lúcia Borges, outra assistente de acusação, também apelou para o emocional dando destaque para o lado materno das cinco muheres que integram o júri.