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POEMA PARA CLÍTIA

As mães são mães pra sempre,

estas e aquelas, essas,

outras e outras, muitas…

mais de mil milhões de mães

vivendo as horas todas,

              chegadas e partidas.

 

As mães não somem,

não desaparecem

       como neblina e nuvem,

não desabam como chuvas fortes

e se esvaem pela enxurrada.

As mães renascem vida a fora,

de flores e de fontes…

desdobram-se  e se alargam

de abertos horizontes

para abraçar e orientar os filhos.

 

As mães têm mãos de bênção

                            e de firmeza,

derradeiras e invisíveis,

visíveis e primeiras,

que acenam e repetem

gestos que são seus,

de seus motivos e desejos…                                                  

São mãos que atiram beijos,

mandam sinais

de luz caminhando pelo espaço !

 

As mães têm voz que sussurra, inconfundível,

                                                       de sorrisos,

e se traduz, sozinha,

                                 de silêncio…

não pronuncia nada

e fala tudo

sem precisar dizer.

 

O coração não para de bater,

é sino em campanário

                        de ouro vivo

marcando as horas todas

                        do amor-pra sempre! 

                                                                                                                     

As mães só adormecem em sua história

pra transformar-se em estrelas,

cumpridas, retornadas,

seguras nas mãos de Deus!