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No Egito, 21 são condenados à morte após briga de torcida

 

 

 

Um tribunal no Egito confirmou 21 sentenças de morte dadas a torcedores que se envolveram em uma briga após uma partida de futebol em Port Said, no ano passado.
O julgamento continua em meio a enorme tensão.
Muitos reclamam que nenhuma autoridade foi responsabilizada pela falta de segurança que teria permitido o confronto entre torcedores do time local, Al-Masry, e do Al-Ahly, do Cairo
No total, 74 torcedores morreram, a maioria do time da capital.
Cinco dos 52 outros réus foram condenados à prisão perpétua, enquanto outros receberam penas menores ou foram absolvidos.
Por conta das decisões do tribunal, há conflitos desde o último sábado.
Parentes dos condenados atacaram policiais e a prisão onde os homens estavam. Soldados foram trazidos para proteger locais estratégicos. Houve novos confrontos no domingo, após os funerais de mais de 30 pessoas, o que espalhou inquietação para as cidades vizinhas Ismailia e Porto Suez.
Moradores de Port Said argumentam que as autoridades responsáveis pela segurança no jogo de futebol não foram levadas à Justiça e que os torcedores do Al-Masry condenados são bodes expiatórios.
A maioria das vítimas do confronto no ano passado eram torcedores do Al-Ahly.
Desde que os protestos em massa derrubaram o ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, há conflçitos entre polícia e civis no país.
Muitas pessoas acreditam que a polícia de Port Said permitiu a violência contra torcedores do time do cairo para se vingar dos que participaram da derrubada de Mubarak. A polícia nega a acusação.