Carregando data e hora...

MEIO AMBIENTE É UM PONTO FORA DA CURVA EM PONTE NOVA

Buscando o Aurélio Buarque de Hollanda, o chamado “Pai dos Burros”, mas bem melhor que o Google, agora por IA, li atentamente que PONTO FORA DA CURVA é o mesmo que exceção, diferente, atípico, anormal, discrepante ou outlier (chique!).

É o que temos visto nos últimos 08 (oito) anos em Ponte Nova quando tratamos de Meio Ambiente. Com a rara exceção para gestão pública do engenheiro civil com pós-graduação em Meio Ambiente, Bruno do Carmo, quando foi secretário municipal de Meio Ambiente.

O desrespeito sempre foi flagrante: e não destruíram mais por causa da minha atuação. Veja o caso da Rodoviária Velho. Para a revitalização cortaram 04 (quatro) sibipirunas de 40 anos de idade e 15 metros de altura, plantadas em 1980.

Depois tentaram investir em frente aos escritórios da Bartofil Distribuidora para cortar todas as árvores. Fiz um abaixo assinado, com apoio do saudoso Waltinho Fumeiro, que cuidava daquelas árvores e plantava. Revertemos o corte de 50% das espécies.

Com advento da fatídica Lei Complementar 4.464, de 29 de dezembro de 2022, que encurtou absurdamente a condição de construção nas margens do Rio Piranga, ribeirões e córregos de Ponte Nova, a natureza ficou à mercê da grana dos empreiteiros, que “passam a boiada”.

As licenças ambientais (como ambientais?) são liberadas a torto e à direito, sem cerimônia, por causa de outra aberração jurídica (proposital): a secretária de Meio Ambiente preside o Codema (Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente), desde 2018.

O prefeito Dr. Milton (Avante) prometeu dar autonomia ao órgão colegiado de meio Ambiente. Mas, até esta data em que escrevo, 10 de abril, o 100º dia do seu governo, ainda não havia sido enviado projeto de lei para a Câmara para alterar a lei e assim permitir que o presidente seja eleito. Espero!

Outra situação que vem incomodando os ambientalistas e os moradores dos bairros de Fátima, São Pedro, Cidade Nova, Bom Pastor e Novo Horizonte é a radicalização contra a lagoa do Parque Natural Municipal Tancredo Neves, no Passa-Cinco, que perdeu 12.353,90 metros cúbicos de espelho d’água, pois tinha 35.863,80 metros cúbicos e hoje tem apenas 22.510 metros cúbicos.

Isto significa que houve o rebaixamento de até 05 (cinco) metros ao longo da lagoa. A profundidade máxima que era de 7,42 metros não passa de 03 (três) metros. A alegação do rebaixamento não encontra respaldo técnico, pois o risco de rompimento era baixo, uma vez que a lagoa reserva água parada, diferente de barragens de rejeitos de minério.

O reforço da barragem não tem qualquer serventia, uma vez que a água nem chega nela, pois o vertedouro (ladrão) está abaixo da estrutura. O assunto merece ser judicializado, pois a cena ecológica foi alterada, provocando danos irreparáveis ao meio ambiente. Tem até uma barreira de terra margeando a lagoa, descaracterizando a paisagem.