Amanheço na quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025, desloco-me da minha morada e vejo a paisagem árida e sem árvores que se abre depois da Ponte Dr. Francisco Linhares Ribeiro (Ponte do Bahamas). Estou pensando, seriamente, em mudar da Rua Assad Zaidan, em Palmeiras. Sinto-me profundamente aborrecido com o desprezo praticado contra as árvores.
O poder público de Ponte Nova continua hostilizando o meio ambiente, com cortes indiscriminados de árvores frondosas e magníficas e substituindo-as por “arvrinhas”. Isso quando acontece! Até agora não entendi a “fala” do atual prefeito, o Dr. Milton (Avante) quando ele disse que não iria mexer naquilo que estava dando certo no governo de Wagner Mol Guimarães. Como assim: a Semam estava dando certo?
Tanto que não estava dando certo que ele mesmo disse que o que que mais chamou atenção em suas caminhadas, depois de eleito, era o lixo e o mato que ocupavam a cidade, em todas as regiões e bairros. Criaram até novo projeto para melhorar o visual: Cidade Limpa!
Mas, o desprezo e o (des) cuidado com o meio ambiente não é “privilégio” de Ponte Nova. Ainda na manhã de 12 de fevereiro, pesquisando o site oficial do Ministério Público de Minas Gerais deparo com esta notícia: Decisão judicial obriga município de Viçosa a não depositar lixo em aterro sanitário sem licença ambiental (leia matéria jornalística completa na página 12).
Vejam vocês: Viçosa, Cidade Universitária! É realmente assustador! Quando vai surgir um mandatário que dê atenção ao meio ambiente? Parece que não teremos neste século na região do Vale do Rio Piranga. Vamos esperar para ver. Será que teremos sombra por aqui? Na Universidade Federal de Viçosa (UFV) cortaram as árvores em frente ao Restaurante Universitário. Dizem que é para segurança (sic).
Um dia após a repercussão do corte de árvores na Praça Piquenique Literário, em Lagoa Santa, que resultou na morte de pelo menos 66 garças e deixou outras dezenas de aves feridas, o prefeito Breno Salomão anunciou o afastamento de servidores municipais. Credo, acho que virou efeito cascata, a partir de incompetência e de pessoas errados em cargos de relevância.
A ação e, Lagoa Santa, poda drástica, exatamente como fazem em Ponte Nova, causou grande impacto ambiental, deixou filhotes sem ninhos e gerou forte indignação entre moradores e ambientalistas. Imagens das aves mortas e feridas no chão reforçaram a comoção, levando o Ministério Público a instaurar uma Notícia de Fato na 2ª Promotoria de Justiça de Lagoa Santa.
Enquanto isso: o barranco do Bairro Progresso, Ponte Nova, há anos vem atormentando os moradores. A questão é ambiental e de segurança. Construíram um campo no alto, sem drenagem, sem qualquer tipo de cuidado, cortaram as árvores existentes e agora o barranco desce assustadoramente provocando desabamento de residências.
Estive por lá, em 2016, com Cícero Gomides (Defesa Civil) e Daniele Yume Ramos Yoda. Havia processo no Ministério Público. No ano passado, Ponte Nova foi comtemplada com dinheiro do PAC Infraestrutura, em maio. Cadê a obra de contenção?