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LUIZ RAIMUNDO DE OLIVEIRA DEIXA O LEGADO DA SOLIDARIEDADE: BRILHO QUE ILUMINOU PONTE NOVA!

Tinha acabado de chegar. Depois conheci o Colégio Dom Helvécio e Luiz Raimundo de Oliveira. 1972. Escrevia peças de teatro e ele também. As meninas e meninos, alunas/os da Casa Salesiana interpretavam. Disputávamos a preferência. Depois entrei para o rádio e lá estava ele. Fazia “Ecos da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundários)” na Rádio Sociedade Ponte Nova. Ele e Chiquinho Cunha.

Já na década de 1980, Luiz Raimundo de Oliveira apresentava a Ginkana (com K) da “Feira da Comunidade”, coordenada por Pedro Paulo Sette, o Pepê, que era vizinho de Luiz no Bairro Sumaré. Eu era jurado. Sempre em companhia de Dr. Rodolfo Alves Costa (falecido), outro amigo de Luiz Raimundo. Como eu criticava muito e contestava tudo, ele me apelidou de “El Contestador”.

Tive a felicidade de conviver na casa de Luiz Raimundo, no quartinho dos Lps e depois cds. Coleções completas de The Beatles, Roberto Carlos e João Bosco, com aquelas capas magníficas produzidas pelo designer gráfico gaúcho Glauco Ribeiro.

E eis que Luiz Raimundo de Oliveira teve a ideia de criar um programa dedicado ao Beatles: Ponte Nova Beatles Club. Eu produzia e ele apresentava. Quem gravava, no gravador de rolo, era o Celinho Camilo. A abertura do programa tinha a voz de Mansur Barbosa. Outro amigo de Luiz. Caramba! Luiz tinha amigos que não acabam mais!

Em troca Luiz Raimundo me emprestava os disco de MPB para um programa que eu apresentava aos sábados, de 14 às 18 horas, com sonoplastia de Cici Félix, na Rádio Ponte Nova Nova: Abram Alas para a MPB. Como eu era oposição, os meus inimigos (ainda tenho muitos e gosto de tê-los!) falavam que o programa deveria se chamar Abram Alas para o MDB, pois eu falava de política, sempre “metendo” o pau na Ditadura Militar.

Depois Luiz Raimundo foi advogar e se graduou em Divinópolis com outros nomes de Ponte Nova: José Amora, Dr. Hélio Jacaré, Heitor Vaz de Mello, e outros. Assim criaram a confraria da OAB. Noites de bailes na sede social da Sociedade Esportiva 1 º de Maio, do qual foi presidente entre 1988 e 1991. Ali nasceu o Prêmio Xeleco de Cultura, com Ailton Karran e a primeira campanha em defesa do Pontilhão de Ferro, com o slogan: “O Pontilhão de Ferro é Nosso”.

Luiz virou escritor, escreveu livro com vozes e inseriu e-book na internet. Escrevia letras de música e movimentava-se diuturnamente. Foi ser diretor da FAVAP e apresentador de festivais de música. Gostava tanto de música que se tornou presidente da Corporação Musical União 7 de Setembro.

A estrela de Luiz Raimundo de Oliveira era (é) brilhante, passou pela terra como o Halley e sua cauda de cometa tem lugar para muita gente!

Não posso deixar passar batido: ele era casado com a professora de linguística Imaculada Drumond e pai de Fernando e Mônica.
O Nirvana te espera, Luiz!