O governo militar estava iniciando a sua fase de maior repressão na Ditadura Militar quando, no dia 24 de janeiro de 1969, o capitão Carlos Lamarca deixou o 4º Regimento de Infantaria de Quitaúna, em Osasco, São Paulo, a bordo de uma kombi levando 63 fuzis FAL, 10 submetralhadoras INA e muita munição. Tudo subtraído do Exército para alimentar a luta armada contra o regime.
Na tarde daquela sexta-feira, o carioca de 31 anos estava desertando e, ao mesmo tempo, iniciando com ousadia a sua curta, mas intensa, trajetória na guerrilha. A partir de então, Lamarca assumiria o comando do grupo Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e se tornaria o principal inimigo dos generais.
O capitão sabia que, ao cruzar o portão do quartel, seria uma pessoa procurada pela repressão, e, por isso, providenciara a partida da mulher e os 02 (dois) filhos para Cuba antes de deixar o Exército. Após desertar, viveu escondido em “aparelhos” da capital paulistana e, para financiar a guerrilha, participou de ações como o assalto às agências do Banco Mercantil e do Itaú, na Rua Piratininga, no dia 9 de maio, quando matou o guarda-civil Orlando Pinto Saraiva, que tentara impedir o roubo.
Li este texto há mais de 30 anos e sempre me posicionei contra a Ditadura Militar, que deixou o Brasil em frangalhos na questão direta de lideranças, só não impediu a criatividade de artistas como Caetano, Gilberto Gil, Raul Seixas (que foi preso porque disse em sua música que você pode tomar banho de chapéu, porque tudo é da lei), além de outros e outras.
Quanta ignorância dos censores! Não resistiu à liderança de um nordestino (Lula), que virou líder sindical e agora é tri-presidente, com urnas eletrônicas auditáveis!
Alguém me disse que o Brasil foi governado por presidentes durante o Regime Militar. Eu os considero ditadores. Como é que eu poderia chamar o general João Batista Figueiredo de Presidente? Eu me lembro muito bem quanto um estudante que fora conhecer o Palácio do Planalto perguntou-lhe o que ele faria se ganhasse o Salário-mínimo. Ele respondeu: “Eu dava um tito no coco.” Na época, o mínimo era de US$ 76: R$ 380,00. Hoje vale US$ 283: R$ 1.412,00. E tá ruim!
Um memorando secreto da CIA diz que o general Ernesto Geisel, que usurpava o cargo de presidente do Brasil entre 1974 e 1979, sabia e autorizou execução de opositores durante a Ditadura Militar.
O documento diz que o general Geisel afirmava que o Brasil não poderia ignorar a “ameaça terrorista e subversiva”, e que os métodos “extra-legais deveriam continuar a ser empregados contra subversivos perigosos”. No ano anterior, 1973, 104 pessoas “nesta categoria” foram sumariamente executados pelo Centro de Inteligência do Exército”.
Em tem idiotas e imbecis querendo a volta da Ditadura Militar. Se vestiram de verde e amarelo e tentaram o golpe em 08 de janeiro de 2023. Mas, encontraram resistência de quem ama a democracia!