No centro da polêmica está a admissão, por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da perda de confiança em uma parcela das Forças Armadas, após os atos golpistas no Distrito Federal. O general da reserva Sérgio Etchegoyen considerou um ato de “profunda covardia” Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter afirmado que perdeu a confiança em parte das Forças Armadas.
A fala descontextualizada é típica do DNA golpista. O sangue Etchegoyen é fortemente atrelado ao abuso de poder. Seu avô, Alcides Gonçalves Etchegoyen, fez parte do movimento que derrubou Washington Luís, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e levou Getúlio Vargas ao poder. Anos depois, também participou de conspirações para impedir a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart.
Leo e Cyro Guedes Etchegoyen, respectivamente pai e tio de Sérgio Etchegoyen, participaram do golpe de 1964 e ocuparam cargos relevantes durante a ditadura; Leo e Cyro, inclusive, foram citados no relatório final da Comissão Nacional da Verdade, de 2014.
Na época, Sérgio Etchegoyen divulgou uma nota criticando a Comissão ao dizer que a família não foi procurada durante a investigação. Ele se manifestou ao ver o nome de seu pai, o general Leo Guedes Etchegoyen , morto em 2003, incluído na lista de 377 agentes do Estado considerados responsáveis por violações de direitos humanos no regime militar.
O gaúcho Sérgio Etchegoyen ingressou no Exército via Academia Militar das Agulhas Negras em 1971, oitavo ano da Ditadura Militar. Naquele momento, presidia o Brasil o general Emílio Garrastazu Médici e o País vivia a mais brutal fase do regime.
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O ministro do Desenvolvimento e da Assistência Social, Wellington Dias, afirmou na sexta-feira, 20 de janeiro, que o presidente Lula (PT) elaborava um decreto (já foi publicado no Diário Oficial da União) para criar um comitê contra a “grave crise” que se abate sobre os yanomami, no Estado de Roraima.
A ministra dos Povos Indígenas, deputada federal, Sônia Guajajara, afirmou na ocasião que os yanomami “enfrentam uma crise humanitária e sanitária” e que “é inadmissível ver nossos parentes morrerem de desnutrição e fome”. Dezenas de pessoas estão contaminadas por mercúrio proveniente de garimpo ilegal nas terras indígenas de Roraima.