Na tarde da última terça (31/05), os economistas e analistas de regulação da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento da Zona da Mata (ARIS), Rodrigo Medeiros e Alex Alves, apresentaram estudo tarifário realizado para o DMAES, em audiência pública no auditório da autarquia.
.
A apresentação foi minuciosa, mostrando detalhes da revisão.
Vários aspectos foram analisados, desde a saúde financeira da autarquia, até os aumentos frequentes e abusivos de insumos, energia elétrica e combustíveis, até às condições econômicas dos moradores do município.
.
Dentre tudo que foi falado, ressalta-se o tempo em que não há reajuste na conta de água (desde 2018) e o sistema injusto e defasado de cobrança – utilizando-se tarifa mínima. Neste sistema atual, quem consome menos de 10 metros cúbicos de água mensais paga por quem consome acima, uma vez que gastando 2 metros cúbicos ou 10, por exemplo, se paga o mesmo valor.
.
Na proposta apresentada pela ARIS, adotaremos a forma de cobrança por tarifa bipartida, que considera uma tarifa básica operacional (TBO) acrescida do valor por metro cúbico consumido, ou seja, o consumo será sempre proporcional ao gasto. Se o usuário consumiu 2 metros cúbicos, paga-se apenas por 2 metros cúbicos. Muito mais justo do que a tarifa mínima.
.
Segundo o estudo, estima-se que de 30 a 35% dos consumidores terão redução em suas faturas, pois consomem menos de 10 metros cúbicos mensais para as categorias residencias. Acredita-se que neste novo sistema, visto a experiência em diversos outros municípios, ocorrerá naturalmente uma economia no consumo para os usuários que consumem mais água. A tarifa social continuará existindo com os mesmos critérios.
.
O reajuste é de extrema importância! Em 4 anos o aumento dos insumos utilizados pela autarquia na prestação de serviços foi exponencial. Alguns itens tiveram mais de 200% de aumento, sem contar aumento de energia elétrica e combustíveis. Houve também reajuste de salários e o concurso em 2019, que que trouxe muitos novos servidores. Sendo assim, toda cobrança que é feita hoje está defasada e insuficiente para arcar com os custos e ainda criar projeções futuras, buscando o crescimento. Portanto, com o trabalho mais próximo da ARIS, agora o reajuste será feito anualmente sob a inflação, considerando um ciclo de 36 meses para nova avaliação da saúde financeira do DMAES.
.
#DMAESPonteNova