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“CREIO QUE QUASE SEMPRE É PRECISO UM GOLPE DE LOUCURA PARA SE CONSTRUIR UM DESTINO.” – II

Marguerite Yourcenar, pseudônimo de Marguerite Cleenewerck de Crayencour, foi uma escritora belga, que escreveu um dos mais importantes livros para compreender o poder romano: Memórias de Adriano. Tive a oportunidade de ler após ser incentivado por Afonso Mauro Pinto Ribeiro, o Tim. Isto na década de 1990. Lá se vão mais de 30 anos e eu me inspiro nela, autora da frase que pego emprestada para dar título à 3ª parte do que pretendo mostrar novos caminhos para Ponte Nova.

A respeito da PEC contra 6 x 1: acho que deveria ser mudada para 5 x 2, com descanso no sábado e domingo, mas todos os trabalhadores só deveriam dispensar 06 (seis) horas do dia para prestar serviço. Se for no serviço público, o efeito é muito superior. Todo mundo sabe que um trabalhador que coleta lixo e varre não produz nem a metade na parte da tarde. Os turnos deveriam ser de 06 horas até 12 horas; e de 12 horas até 18 horas.

A exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, Ponte Nova não deveria aplicar o Salário-mínimo nacional. Os servidores municipais deveriam receber pelo menos R$ 1.600,00. Isto já aconteceu em Ponte Nova, em 1992, graças à negociação realizada pelo Sindserp com o prefeito da época Antônio Bartolomeu. Eu participei das negociações, que envolveram o presidente do Sindserp, Newton Totino Pinguelli e o secretário municipal de Fazenda, Afonso “Tim” Mauro Pinho Ribeiro. A partir de outubro/1992, o menor salário era de Cr$575.294,87. O Salário-mínimo valia Cr$522.186,94.

Outra prática a ser seguida em Ponte Nova envolveria a criação de uma área de lazer. O local ideal pertence ao Sindicato dos Produtores Rurais e fica depois do Centro de Eventos Babilônia. É só desapropriar. Esta ideia de um parque linear surgiu lá atrás e até foi sugerido pelo ambientalista Alfredo Padovani. Seria um parque linear ao lado do Rio Piranga.

É bom lembrar que mais de 60% da nossa população não têm poder aquisitivo para pagar mensalidades nos clubes de Ponte Nova. Assim, eles ficam alijados de lazer, principalmente nos fins de semana, quando é necessário buscar relaxamento para uma semana dura de trabalho. A classe operária também tem direito ao paraíso, como no filme de Elio Petri, vencedor da Palma de Ouro, no Festival de Cannes (França), em 1972.