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“CREIO QUE QUASE SEMPRE É PRECISO UM GOLPE DE LOUCURA PARA SE CONSTRUIR UM DESTINO.”

A frase é da escritora belga Marguerite Yourcenar e suponho que ela ficaria surpresa se eu dissesse que tenho soluções para diversos males de uma cidade atravancada como Ponte Nova. Claro que vão me chamar de utópico e de doido. Mas, basta ver que a cidade precisa de uma verdadeira revolução de engenharia para brecar o entocamento permanente de árvores e o desespero das famílias das margens do Rio Piranga e Ribeirão Vau Açu, em épocas de chuvas.

Paris (França) diminuiu em 95% as enchentes do Rio Sena desde quando se construiu canais na década de 1930: túneis paralelos à sua calha. Isto pode ser feito a partir da Rua João Pinheiro passando o canal debatido da Avenida Arthur Bernardes e desaguando abaixo da ponte do Sicoob (Vila Alvarenga). Para isso será preciso desapropriar todas as casas da Rua Santa Terezinha, o que possibilitaria o alargamento do Rio Piranga até a Ponte da Barrinha.

Para diminuir ou acabar com as inundações na Vila Oliveira será preciso desapropriar as casas da Rua Desembargador Paula Motta (a vice-prefeita Valéria Alvarenga, quando era secretária de Assistência Social e Habitação, propôs acabar com aquela rua) e da Rua José Pedro Dias e alargar a calha do Ribeirão Vau Açu. É bom lembrar que a rua que passa ao lado do Estádio Juca Fonseca está em área de risco e faz parte das ações que já deveriam ser tomadas. Inclusive já foi alvo de decisões tomadas pela Defesa Civil.

É preciso dar um norte no Parque Natural Municipal Tancredo Neves (Passa-Cinco). Abandonado, alvo de retirada indiscriminada e criminosa de lenha, o local tem um deficit superior a 45 mil árvores (as nascentes estão desaparecendo). Além de plantar para melhorar o clima na cidade, é preciso aproveitar os mais de 15 hectares de pastos no seu entorno plantando goiabeiras, com apoio dos detentos da Penitenciária de Ponte Nova I.

Com esta atitude seriam gerados mais de 25 empregos diretos, possibilitando a criação de uma cooperativa com desempregados dos bairros periféricos à Unidade de Conservação. É preciso propor à comunidade local que proteja aquele santuário ecológico. É possível construir área de lazer para os moradores, mas antes da 1ª lagoa, onde o Prefeito Sette de Barros (1983-1988) inaugurou, no dia 30 de outubro de 1984, a famosa piscina.

Tem mais forma de criar, efetivamente, cerca de 05 (cinco) empregos dentro do Parque Natural Municipal Tancredo Neves: implantar colmeias de abelhas sem ferrão. Para aumentar o valor agregado da própolis plantar alecrim-do-campo, o que ajuda na produção de própolis verde. Além disso, existe uma área abaixo da penitenciária, onde seria introduzido plantio de bananeiras. Tratos culturais iniciais pelos detentos e depois por um grupo de pessoas, mais ou menos 05 (cinco) famílias.

Semana que vem vou mostrar outras soluções, sempre baseado na frase de Margueite Yourcenar: “Creio que quase sempre é preciso um golpe de loucura para se construir um destino.”