Após mais de 12 horas de pânico, o casal e a babá que estavam sendo mantidos reféns por criminosos armados desde o começo da noite dessa segunda-feira (4) no bairro Fernão Dias, na região Nordeste de Belo Horizonte, foram libertados. Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) entraram no apartamento da família por volta das 7h20 da manhã desta terça-feira (5).
Por volta das 18h dessa segunda, o casal, em que a mulher é bancária, suas duas filhas pequenas e a babá das crianças foram abordados quando chegavam, de carro, ao prédio onde a família mora, na rua Democrata. Desde então, os bandidos, que supostamente estavam vestidos com uniformes da Polícia Civil, mantiveram a família refém.
Depois de meia noite, os criminosos libertaram as duas filhas do casal, de 2 e 4 anos. A mais velha foi libertada às 0h20 e a mais nova, que chorava muito, por volta de 0h50 desta terça. Uma tia das crianças, irmã da gerente bancária, foi quem saiu com as duas meninas, que não aparentavam estar feridas. As crianças foram atendidas por uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Conforme a Polícia Militar, as vítimas não sofreram nenhum ferimento e já foram retirados do apartamento. O casal e a babá receberam atendimento médico de equipes do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros.
Inicialmente, a informação passada era que seriam três criminosos que mantiveram a família refém. Porém, nesta terça, foi confirmado que o grupo é composto por cinco pessoas, sendo quatro homens e uma mulher.
Depois de serem rendidos, os criminosos foram retirados da casa da família e levados para o Instituto Médico Legal (IML), onde irão fazer o exame de corpo de delito. Depois da realização dos exames, o grupo será encaminhado ao Departamento de Operações Especiais (Deoesp). Conforme a PM, um dos criminosos já tinha passagem pela polícia e ficou preso por 10 anos pela prática de roubo. Uma pistola semiautomática e um revólver calibre 38 foram apreendidos com o grupo.
Nenhuma roupa da Polícia Civil foi encontrada dentro do apartamento.
Detalhes sobre a intenção dos criminosos ainda não foram revelados pela polícia. A hipótese de “golpe do sapatinho” não foi descartada.
Até o momento, o grupo será autuado por cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo.
Todo o desenrolar e o desfecho do caso foram acompanhados pela equipe do Jornal O TEMPO.
Atualizada às 08h02.