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Bola começa a ser julgado por morte de carcereiro

 

 

 

Começou, ontem, às 16h, o julgamento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no Fórum de Contagem, na região metropolitana da capital, acusado de matar o carcereiro Rogério Martins Novello, em maio de 2000. O júri só teve início após sete horas de embate entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a defesa de Bola, que tentou adiá-lo.
O ex-policial teria disparado contra Novello de dentro de um carro, em frente à loja da família da vítima, no bairro São Joaquim, em Contagem. Segundo a promotoria, o ex-policial teria sido contratado para praticar o crime. O acusado foi reconhecido pela irmã da vítima, Renata Novello, que o identificou pela TV, durante as investigações do caso Eliza Samudio. Bola é apontado como executor da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes.
Renata mora no Espírito Santo e, por isso, não será ouvida. Ela prestou depoimento via carta precatória, durante o processo. Até o fechamento desta edição, duas testemunhas de acusação foram ouvidas – Mário Rabesco, que estava no veículo junto com a vítima e André Matozinhos, amigo de Novello – e uma de defesa, Scheila Dias Campos, ex-namora</CW>da da vítima.
A previsão é que a sessão seja retomada hoje, às 9h, com o depoimento do ex-chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Edson Moreira e de outras duas testemunhas de acusação. Nesta terça-feira, o destino de Bola será traçado por sete jurados, cinco homens e duas mulheres.
Nas primeiras sete horas da sessão, presidida pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues, Henry Wagner
Vasconcelos, promotor do MPMG, rebateu as tentativas da defesa de adiar o julgamento – remarcado para ontem, após adiamento, em 24 de outubro, quando a defesa não foi ao fórum alegando que acompanharia depoimento de uma testemunha no caso do goleiro Bruno no Mato Grosso.
OAB. A sessão foi acompanhada pelo presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Adilson Rocha. A presença dele foi requisitada pela juíza Marixa Rodrigues e por Fernando Magalhães, um dos advogados de Bola. “Estou aqui para verificar se as prerrogativas da defesa estão asseguradas”, disse. (Com Jhonny Cazetta)