As chuvas torrenciais e sol intenso, que são frequentes no mês de março, são variantes que impactam diretamente a vida urbana e tem também outra característica: incidência de pragas urbanas. Os meses mais quentes vêm exigindo, cada vez mais, cuidados com relação às infestações e atenção da população no controle, principalmente, do mosquito Aedes aegypti e escorpiões.
A população deve estar atenta, principalmente, a duas pragas de alta incidência nesta época do ano: mosquito Aedes aegypti e o escorpião. Estes animais entram nas casas quando encontram um ambiente propício, em que haja os chamados 4As: Acesso, Água, Alimento e Abrigo. Para evitar que isso ocorra, às vezes, é preciso mudar alguns hábitos.
Os casos de doenças transmitidas pelos mosquitos são bastante comuns, porém os números da dengue são surpreendentes: só em 2020 já há mais de 181 mil casos, segundo balanço do Ministério da Saúde – um aumento de 72% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No Brasil, 20 Estados já apresentam crescimento da doença.
Neste cenário, algumas ações são importantes para evitar a presença do inseto transmissor nas residências: aparar os jardins, reduzir o volume dos arbustos – favorecendo a circulação de ar – e evitar locais com água parada e fresca.
Em tempos de altas temperaturas outro inseto que aparece é o escorpião, um aracnídeo de oito patas que sai do abrigo para realizar a reprodução e procurar novos ninhos. O número de episódios com esta praga no país quase quadriplicou nos últimos dez anos: passou de 40.287, em 2008, para 156.833 em 2018, segundo dados do Ministério da Saúde.
O aumento destas ocorrências é resultado de impactos ao meio ambiente, como a construção desordenada e o descarte inadequado de lixo, especialmente de material de construção. Tudo isso contribui com as condições que propiciam a proliferação.
“A composição química de seu veneno é altamente tóxica, e, por isso, é considerado um dos mais perigosos. Uma característica essencial desta espécie é a partenogênese, um tipo de reprodução sem a presença de um macho – que pode chegar até 50 filhotes por ano”, comenta Fernando Bernardini, biólogo brasileiro.
Em Ponte Nova, os pontos estratégicos (borracharias, ferros-velhos, rodoviárias, logradouros públicos, cemitérios, locais com fins de lazer ou religiosos, piscinas de uso público, dentre outros) e os imóveis especiais (escolas, presídios, clubes, hospitais, asilo etc), assim como todos os locais onde há acúmulo de água são tratados com larvicidas, intervenções realizadas pelos agentes de endemias da secretaria municipal de Saúde.