Por ocasião deste Dia Internacional da Mulher (8 de março de 2019) resolvi estreitar minhas informações sobre a importância da mulher no contexto da água. Não há dúvida de que esta relação íntima da fêmea humana tem o instinto de preservação da vida dos seus filhos e de sua família. Principalmente no semiárido nordestino, onde a busca pelo líquido precioso é de dar dó e pena. Tem melhorado com as cisternas e a transposição do Rio São Francisco.
Neste espectro entra o papel da mulher. Seja lá no Nordeste ou por aqui em Minas Gerais. A mulher é a primeira provedora da água, no sentido de sobrevivência: para beber e cozinhar. E por isso tornou-se guardiã de cisternas, nascentes e minas. Em todos os programas de proteção de nascentes elas sempre se apresentam como defensoras e contribuem para o sucesso dos projetos.
A mulher/homem não vive sem água, seja para se alimentar ou para se purificar. Mas ela é também uma força agressiva na natureza, quando ameaça o homem na travessia dos mares ou nas tempestades. Diante dessa experiência, como a Bíblia se coloca? Como a Bíblia considera a água? Qual mensagem que a Bíblia nos transmite, a partir da realidade, ao mesmo tempo benéfica e ameaçadora, da água?
Segundo a Bíblia, toda a criação do mundo começou com as águas: “A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus se movia sobre a superfície das águas” (Gênesis 1,2).
Jesus e a Samaritana
No Evangelho de São João a água aparece e uma mulher entra no contexto, quando Jesus parou junto a um poço, em Samaria, para descansar. Seus discípulos foram à cidade comprar comida. A mulher com quem Jesus está falando veio buscar água. Ele lhe disse: “Dê-me de beber”. A mulher ficou surpresa, pois judeus e samaritanos não se topavam.
“Senhor – disse a mulher – o poço é profundo e o senhor não tem nem mesmo um balde. Donde tiraria a água que dá vida?
Ela não sabia que Jesus operava milagres. Mas, todos os dias ela ia buscar água para matar a sede da família e dos bichos que criava para sua sobrevivência.
