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330 DIAS DE GOVERNO FEDERAL E SUAS MATANÇAS AMBIENTAIS!

Em 11 meses de governo, o que se viu de declarações atabalhoadas do presidente da República foi uma enormidade. Promove desavenças, dá informações equivocadas e segue na sua sanha enraivecida contra aqueles que não assinam em sua cartilha de ultradireita. Os piores momentos estão relacionados ao meio ambiente e ao social.

Comemorou nas redes sociais que seu governo completou 300 (final de outubro) dias sem atos de corrupção. Besteirol! Vários de seus auxiliares diretos estão encrencados. Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, foi condenado em primeira instância, pego pelo Ministério Público praticando falcatruas em um Plano de Manejo para beneficiar mineradoras em São Paulo, quando era secretário de Meio Ambiente do tucano Geraldo Alckmin.

Paulo Guedes , o “Posto Ipiranga”, é investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por suposta fraude em Fundos de Pensão, suspeito de usar uma de suas empresas para lucrar em cima do prejuízo de estatais e seus fundos próprios de aposentadoria complementar. Onyx Lorenzoni (ministro-chefe da Casa Civil) admite ter recebido dinheiro de caixa 02 (dois) da JBS. Ele afirmou que não declarou os R$ 100 mil que recebeu da empresa para pagar despesas de campanha.

Vamos ficar só nestes tubarões para não perder tempo e o precioso espaço desta coluna. A última do Bolsonaro é uma pérola. Perguntado sobre as manchas de óleo que emporcalham as praias nordestinas ele disse: procure o Salles. Ricardo Salles entrou na água do mar e disse que ela estava boa para nadar, enquanto o secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif Junior disse: “Quando [o peixe] vê uma manta de óleo ali, ele foge”. Bolsonaro endossou a fala: ‘”de vez em quando fica uma tartaruga na mancha de óleo, um golfinho, mas tudo bem”.

Sobre as queimadas na Amazônia, Bolsonaro esteve no Oriente Médio e disse aos príncipes que foi tudo superestimado. Mas, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) voltou a informar que a Amazônia, além de arder em chamas, perde uma imensidão de território por desmatamento. Um percentual incrível de 9.762 quilômetros quadrados em um ano (julho/2018 a julho 2019).

“O governo Bolsonaro foi alertado, mas desprezou os alertas. Mais do que isso, ameaçou e constrangeu os cientistas e os servidores dos órgãos de controle que avisaram sobre o aumento do desmatamento. Os dados anuais do Prodes saíram e mostraram um enorme retrocesso: o Brasil desmatou quase 10 mil quilômetros quadrados em um ano. O erro é do presidente e do seu ministro do Meio Ambiente, mas o preço é pago por todos nós, porque é nosso o patrimônio que foi destruído”, diz a colunista de O Globo, Miriam Leitão.

O ministro das Relações Internacionais, Ernesto Araújo, diz em seus artigos acadêmicos que não existe aquecimento global e que isto é uma invenção da esquerda para favorecer a China. Para ficar só nisso? Não: ele ainda distribuiu o livro do Coronel Brilhante Ustra (ídolo dos Bolsonaro), condenado por ser torturador durante a Ditadura Militar. Mas, isto é apologia à tortura, crime previsto na Constituição Federal.